segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

O Poder do Sonho

O PODER DO SONHO

Este ano, no carnaval que passou, lancei um olhar novo à festa que acontece todo início de ano na cidade do Rio de Janeiro, abençoada pelo Cristo Redentor.

A empolgação e o delírio que tomam conta das pessoas, cantando, dançando, exibindo-se no meio da multidão de espectadores que repetem o que vêem, me pareceu mais que um simples extravazar de sentimentos vistos como exacerbação da carne, mas
um sonho perseguido o ano todo por um trabalho sério realizado por mãos e cabeças que criam e se mantêm unidas em busca de um resultado prazeiroso para todos.
Estando numa cidadezinha serrana, observei a tenacidade com que as pequenas comunidades mostravam o fruto de um trabalho de muitos meses para a vitória de um desfile de três dias, coroado ou não por um prêmio. O esforço físico exigido dos homens que empurravam os carros alegóricos , que dançavam desajeitadamente no asfalto, era inacreditável.

Olhando da minha janela, constatei que a primeira escola , a desfilar já estava na concentração horas antes do início da festa, a repassar o samba e terminar os últimos retoques, enquanto a segunda repassava o seu samba , que dizia:
“ Eu canto, eu canto
E vivo a sorrir
Sou brasileiro, vem comigo
Falar do meu Brasil.
... ele se transformou nesta terra varonil.”
O que me trouxe à memória: “ Por que me ufano do meu país” dos anos da ditadura Vargas.
Subitamente, um temporal acompanhado de trovões, relâmpagos e raios , que se confundiam com os fogos soltos em momentos do desfile de cada escola, atingiram uma caixa de força que estourou, deixando a cidade às escuras, mas ninguém parava de cantar e dançar.

Como explicar essa espécie de transe em que os carnavalescos caiam, senão à força do sonho de uma liberdade que os protegia de um governo que os ignorava e nada tinha a ver com eles.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

A RAÇA BRANCA...


A RAÇA BRANCA É SUPERIOR Á NEGRA

São dicotomias do terror:

a) PODER X SUBMISSÃO
b) DOMINADOR X DOMINADO
c) SUPERIOR X INFERIOR

Na relação entre seres humanos, observa-se a diferença do olhar de um para o outro. Embora criado à imagem e semelhança de Deus, o homem não é Deus.
Como imaginar que uma raça possa ser superior à outra, se acreditamos que somos iguais, embora cada um seja único.
O homem em seu orgulho é incapaz de perceber que entre seres da mesma espécie, as diferenças estabelecem níveis entre si mesmo e o seu semelhante. A diferença advém do modo como se percebem a si mesmos e da sua relação com o mundo em que vivem. Por que então o desejo de se consagrar superior ao seu próximo, apenas porque possui coisas que o outro ainda não obteve, não porque fosse incapaz mas por não ter tido as mesmas oportunidades ou por não dar o mesmo valor às coisas que o outro acha importantes e indispensáveis ao seu modo de viver.
Diante dos cataclismas da natureza como erupções vulcânicas, terremotos, maremotos, é que o homem se sente um ser indefeso, o menor pela sua fragilidade. Muitas vezes, ele é levado a guerras de extermínio em nome de uma superioridade inexistente, mas ignorada por ele. Se refletirmos sobre a Segunda Grande Guerra constataremos , com horror, que a crença de um grupo,que se acreditava pertencente a uma raça pura,ariana, poderia dominar o resto da humanidade, considerada inferior e portanto condenada ao extermínio.
Ah! Se os homens soubessem que, sendo o templo de Deus, jamais poderiam acreditar numa superioridade e numa dominação, que nada tem a ver com o amor que deve unir os diferentes ao descobrir a igualdade que os torna irmãos.