tag:blogger.com,1999:blog-3446908679833486582024-03-04T20:04:29.708-08:00tetecunhaProfessora aposentada,já chegando aos oitenta e que nunca se arrependeu da escolha feita ainda criança. Terminada a vida profissional pela "Expulsória" voltei ao ambiente, que me acolheu durante cinquenta anos de contacto com crianças, adultos e pessoas da terceira idade, as quais sempre me enriqueceram com experiências as mais diversas.Therezinha de Jesushttp://www.blogger.com/profile/07889076723085086750noreply@blogger.comBlogger21125tag:blogger.com,1999:blog-344690867983348658.post-23498603309930059902012-03-14T14:13:00.000-07:002012-03-14T14:15:32.263-07:00Um momento de expectativa<p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: left;"><span style="font-size: 14pt; text-align: justify; ">Depois de vinte e cinco anos afastadas pelos diferentes locais em que exerciam a profissão escolhida, talvez por seus pais e avós, como uma das</span><span style="font-size: 14pt; text-align: justify; "> </span><span style="font-size: 14pt; text-align: justify; ">poucas existentes para a mulher mas que as cobriam de dignidade, marcaram uma festa para comemorar o quarto de século que se havia passado.</span></p> <p class="MsoNormal" style="font-weight: normal; font-size: 100%; text-align: justify; "><span style="font-size:14.0pt">Somente umas poucas das trezentas e tantas que usavam o uniforme azul e branco, decidiram seguir caminho diferente daquela primeira escolha.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-weight: normal; font-size: 100%; text-align: justify; "><span style="font-size:14.0pt">Desse pequeno grupo, três permaneciam na memória coletiva das colegas, e traziam para cada uma, uma expectativa sobre o que lhes sucedera.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-weight: normal; font-size: 100%; text-align: justify; "><span style="font-size:14.0pt">Das três, a primeira, uma aluna brilhante em matemática, escolhera a engenharia como profissão mais atraente, que ela exercia com muito êxito. Para a segunda, a vida religiosa, seria a melhor escolha para cuidar com muito zelo, daqueles sob seus cuidados. E a terceira que se casara antes do final do curso, e que provocara escândalo entre as amigas ao ostentar um barrigão de sete meses de gravidez, coisa tabu na época, e muito condenada por todos.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-weight: normal; font-size: 100%; text-align: justify; "><span style="font-size:14.0pt"> O suspense pelo aparecimento ou não das três à festa dos vinte e cinco anos de formatura foi quebrado quando foram anunciadas pelas palmas e a alegria de todos os presentes.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-weight: normal; font-size: 100%; text-align: justify; "><span style="font-size:14.0pt">Soubemos então que estavam felizes e realizadas no caminho que haviam escolhido por própria conta e risco, embora os tropeços e acertos da vida profissional diferente da maioria, não as impedissem de ter uma vida harmoniosa em família, como qualquer uma de nós, que não transgredira as regras preestabelecidas pelas gerações com mais experiência.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify; "><span style="font-size: 19px;"><br /></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-weight: normal; font-size: 100%; text-align: justify; "><span style="font-size:14.0pt">Teresópolis, março de 2012.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-weight: normal; font-size: 100%; text-align: justify; "><span style="font-size:14.0pt">Therezinha de Jesus de Araújo Cunha<o:p></o:p></span></p>Therezinha de Jesushttp://www.blogger.com/profile/07889076723085086750noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-344690867983348658.post-83024961864293767682011-04-27T13:46:00.000-07:002011-04-27T13:48:39.595-07:00Se eu tivesse um tipo de poder...<div align="justify">Em princípio, o poder não me seduz, mas uma vez colocado em minhas mãos através de um concurso público, tentei exercê-lo de modo a beneficiar o maior número de pessoas possível e jamais em meu próprio proveito. A meu ver, uma das molas propulsoras para iniciar uma ação é a indignação, estado em que me encontro desde a catástrofe que se abateu sobre a região serrana do Estado do Rio de Janeiro sem que nenhuma iniciativa tenha sido tomada até agora, para a construção de moradias que substituam as levadas pela enxurrada impedindo que o povo fique ao desabrigo entre os locais provisórios e o Pedrão e outras áreas,em busca de água para beber e dos mantimentos necessários à sua sobrevivência.<br />Em resposta à essa indignação, gostaria de exercer o poder oferecido ao prefeito através do voto, para lutar por um terreno seguro (e há muitos por este grande país) além de material de construção que, acredito firmemente, seriam usados pelos teresopolitanos, que perderam família, amigos, animais de estimação e tudo o que conquistaram com o suor de seu rosto, para reaver o teto perdido mesmo que a prefeitura lhes negasse a mão de obra para a reconstrução, a qual saibamos todos desta cidade que está nas ruas a tapar buracos, que no dia seguinte , uma tímida chuva é capaz de abri-los novamente para engolir a esperança de uma ajuda que nunca chega.<br />Indignemo-nos com a inércia do prefeito e que ele consiga ser generoso ao ceder o seu poder a alguém que queira seriamente ajudar a diminuir a dor de tanta gente à espera de uma solução que está por vir há mais de oitenta dias. </div>Therezinha de Jesushttp://www.blogger.com/profile/07889076723085086750noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-344690867983348658.post-59060828639739934252011-02-23T12:38:00.000-08:002011-02-23T13:00:22.049-08:00Ausência temporáriaHá quase um ano estou longe do meu blog , embora não tenha deixado de produzir minhas pequenas crônicas. O motivo do afastamento foi uma perda irreparável segundo a vontade de Deus Pai, Embora digamos diariamente " seja feita a vossa vontade "como é doloroso aceitar os desígnios de um PAI que nos ama tanto!<br />Espero que compreendam a minha ausência e me permitam continuar a usar o meu blog. Que ele continue a ser o nosso " point ".<br />Até a vista<br />Tete CunhaTherezinha de Jesushttp://www.blogger.com/profile/07889076723085086750noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-344690867983348658.post-10777236176214823552010-03-01T12:49:00.000-08:002010-03-01T12:53:52.406-08:00NUM DIA QUALQUER<div align="justify"> Therezinha de Jesus é como ela gosta de ser chamada hoje em dia mas houve época em que detestava, sobretudo quando seus amiguinhos assim que a viam iniciavam a famosa cantiga de roda:<br />_ “ Therezinha de Jesus ... De uma queda foi ao chão...”<br /> Ir ao chão provocava nela um sentimento de impotência, mas logo se levantava sem a ajuda, que ela recusava, dos três cavalheiros, recompondo-se e empinando o nariz.<br /> Atualmente aposentada, levanta-se quando o sol lhe diz que é hora de preparar seu café antes de ir ao encontro das atividades oferecidas pela UNIVERTI, que mais lhe agradam como : coral, teatro, alongamento, redação criativa e filosofia que de uma certa forma a mantêem ativa e ligada ao mundo que aí está diferente daquele que conheceu há sessenta anos atrás quando se tornou uma profissional dedicada à educação sempre atenta às mudanças, especialmente nessa área.<br /> Embora nascida mulher predestinada a ter uma família com marido e filhos, dedicada ao bem estar de todos, não se contentava apenas com o papel de mulher submissa e mãe amorosa, achando que deveria crescer sempre nesses aspectos mas também como mulher atuante politicamente na medida em que pensa , reflete, critica, procura novos caminhos para a educação que só acontece em plena liberdade de escolha.<br /> Quando alguém de Teresópolis lhe diz que não encontra nada de interessante para fazer nesta cidade, estranha ter sempre sua agenda sem horário livre para atender aos convites que lhe fazem a todo momento.<br /><br />Em 22 de fevereiro de 2010 Redação Criativa - Prof.: Ana Araújo<br />Therezinha de Jesus de A Cunha </div>Therezinha de Jesushttp://www.blogger.com/profile/07889076723085086750noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-344690867983348658.post-46043205547347705702010-03-01T12:39:00.000-08:002010-03-01T12:41:50.388-08:00A Peixeira<div align="justify"> Há uns três anos atrás, participei de uma excursão ao Nordeste e observei com entusiasmo , como se desenvolvera aquela regíão que conhecera cinquenta anos antes, nas férias de verão. Era um longo roteiro que começava no Espírito Santo e se estendia até o Ceará excetuado o Sergipe. Tal fato não me agradou por não ter conhecido Paulo Afonso no Velho Chico.<br /> Em 1951, um ano depois do nascimento do meu primeiro e único afilhado fui convidada a permanecer em Boa Viagem , uma linda praia, quase selvagem, perto de Recife em Pernambuco, durante as férias de verão.<br /> Havia uma pequena casa adequada a uma família que começava a existir. Boa Viagem nessa época, era uma praia deserta com apenas um prédio de quatro andares junto ao mar de onde se podia admirar os extensos arrecifes que separavam o mar alto das piscinas naturais e aquecidas antes deles. Não se falava em tubarão predador porque o homem ainda não o tinha afastado do seu “habitat”. Ouviam-se apenas comentários sobre nordestinos ou jagunços com suas peixeiras na cintura e que poderia ser enfiada na barriga do incauto que dele se aproximasse sem se fazer reconhecer.<br /> Convidados a ir a um baile carnavalesco no clube da Aeronáutica, animado pelo frevo que fervia a noite inteira e só se acalmava ao amanhecer, voltamos tarde sem nos preocuparmos com a peixeira de algum jagunço desconhecido que pudesse atravessar o<br /> longo percurso a vencer até a casa , no momento do nosso retorno. Meu irmão com sua arma de fogo, conversava conosco para nos acalmar. Vencemos os últimos metros a correr, esquecendo de trancar a porta do jardim,entrando em casa com o coração saltando do peito.<br /> Meu irmão e minha cunhada foram logo ver o menino ,que dormia tranquilamente<br />no berço guardado pela babá. Fui para o quarto a mim destinado que dava para o jardim,joguei-me na cama e adormeci imediatamente, exausta.<br /> Poucos minutos depois, despertei molhada de suor,ao ouvir passos no jardim. Chamei meu irmão que prontamente acorreu de arma em punho,dizendo-lhe assustada que havia alguém no jardim, mas que não tivera coragem de olhar pela janela para me certificar. Meu irmão escancarou a janela gritando:<br />_ Quem está aí? Apareça! senão passo fogo.<br />Qual não foi meu espanto, ao ouvir um pachorrento mugido ;<br />_ Muuuu......Muuuuuu......Muuuuuuuu............<br />Era uma vaca que aproveitara o portão aberto e pastava no pequeno jardim. <br /><br />Teresópolis,03 de fevereiro de 2010.<br />Therezinha de Jesus de A.Cunha Redação Criativa - Prof. Ana Araujo </div>Therezinha de Jesushttp://www.blogger.com/profile/07889076723085086750noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-344690867983348658.post-49368735535690313842009-10-26T13:12:00.000-07:002009-10-26T13:14:29.321-07:00Reflexões sobre a Terceira Idade“Na natureza nada se cria tudo se copia”, repetia incessantemente um comunicador de grande sucesso,no Brasil. Eu o escutava e achava estranho essa valorização da cópia em lugar da criatividade. Causava-me espanto ver nos grandes museus, visitados por mim, na Europa, artistas a copiar quadros célebres, conhecidos no mundo inteiro. Tal observação levou-me a refletir sobre esse comportamento .<br /> Porquê a cópia ao invés da criatividade, uma vez que a mesma era até considerada ilegal e quanto mais afastada da criação mais valor teria. Uma forma de aprendizagem a partir da realidade existente e conhecida e que se constituiria na bagagem que o aprendiz deveria possuir. Muitas vezes condenada pelos educadores foi excluída como uma praga, das atividades escolares.<br /> A memorização também foi tida como uma atividade menor e, igualmente expulsa da sala de aula. O aluno que a usava com frequência, o famoso “decoreba” era considerado pouco inteligente, sem capacidade para atingir níveis mais altos de conhecimento. No entanto, sabemos hoje que a memória exercitada diariamente, nos leva a manter nossos neurônios sadios, garantindo-nos, em idade avançada, a permanência da lucidez e da autonomia de uma vida saudável.<br /> Os gerontologistas estão aí a nos sugerir exercícios de memória assim como os fisicos , a dança, o alongamento e até a musculação que nos mantêem com vigor e disposição para atividades outrora proibidas para os mais velhos.<br /> “Conhece-te a ti mesmo” e terás todas as condições para sobreviver às dificuldades que se apresentarem. Mas , deves começar bem cedo pois “ prevenir é melhor que remediar.”<br />Therezinha J.A.Cunha<br /><br /><br />Redação Criativa Prof. Ana Maria AraújoTherezinha de Jesushttp://www.blogger.com/profile/07889076723085086750noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-344690867983348658.post-59915426579409101222009-10-19T12:47:00.000-07:002009-10-19T12:57:17.376-07:00Conhecer para Amar28 de junho de 2009. Viajando! <br /> Num confortável ônibus, pela manhã, cedinho, partimos em direção a Passa-Quatro, parando antes em Penedo, a fim de degustar as famosas trutas da cidade.<br /> Passa-Quatro, sugerida por amigas, que a visitaram em outra ocasião ,como uma cidade pacata , junto à Serra da Mantiqueira ( Serra que Chora, dos índios ), possuindo um grande hotel, cinco estrelas, situado em um terreno magnífico, todo arborizado e com um belo recanto plantado de hortências, que lhe dá nome.<br /> Para mim, além do conforto da viagem e das estrelas do hotel ( perfeitamente dispensáveis ) turismo tem que conter uma parte cultural facilitadora para o conhecimento dos habitantes do lugar.<br /> Qual não foi minha decepção, em não encontrar as famosas hortências, que só florescem, mais para o final do ano, quando a temperatura é amena, logo substituída pela grata surpresa ao conhecer Passa-Quatro, uma cidade muito bem cuidada por seus moradores, ciosos também da memória histórica do lugar, visto terem participado ativamente de um momento da história do nosso país assolado pela ditadura Vargas, dois anos após sua chegada ao Rio de Janeiro, onde amarrou seu cavalo no obelisco da Avenida Rio Branco, segundo contavam os mais velhos.<br /> Além de histórias pitorescas sobre o nome Passa-Quatro, que se referia às travessias difíceis do rio, que corta a cidade e, que poderiam ser mais de quatro numa época anterior à construção de pontes.<br /> Outra surpresa muito boa foi o passeio de trem Maria Fumaça até o túnel da Mantiqueira que liga Passa-Quatro à cidade Cruzeiro, em São Paulo, local da batalha fratricida entre mineiros e paulistas que defendiam a revolução constitucionalista de 1932 contra o governo ditatorial do caudilho.<br /> Uma Associação de cidadãos preserva a estrada de ferro e mantêm restaurados os trens para alegria dos turistas, que como eu, adoram ver passar e estar numa locomotiva brilhante a soltar fumaça, apitando à sua passagem numa imagem infantil desconhecida por ela mesma, criança que foi sempre moradora de cidade grande, onde os trens elétricos lotados despejavam na Central do Brasil, trabalhadores sofridos vindos das zonas mais afastadas prontos para dar aos patrões, a desculpa imortalizada nos carnavais: “ Patrão, o trem atrasou. Por isto estou chegando agora...”<br /> Um projeto educacional muito intessante é desenvolvido em Passa-Quatro por alunos das escolas públicas sob orientação dos artesãos da cidade: a confecção de maquetes reproduzindo em miniatura momentos da história do país aprendidos e contados por eles próprios aos visitantes da Cidade.<br /> O lucro obtido com a venda de camisas e outros objetos é repartido entre aqueles engajados ao projeto. Nada é cobrado na entrada da visita para que ninguém se sinta diminuído, sobretudo os alunos, por não possuir sequer uma moeda para aprender a sua história.<br /><br />Therezinha de Jesus de A. Cunha,Therezinha de Jesushttp://www.blogger.com/profile/07889076723085086750noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-344690867983348658.post-4098907371463648092009-08-19T13:24:00.000-07:002009-08-19T13:26:27.151-07:00Aonde está o silencioAonde está o silêncio<br /><br /> Nas nossas casas, quase todos os locais silenciosos desapareceram. Para cada um que possua um quarto privativo,todos os eletro eletrônicos ali se encontram ligados no mais alto decibel que o ouvido humano possa suportar, acrescentada ainda uma bateria completa. Imaginem este cenário repetido duas vezes, quando os filhos são dois e os pais não querem que haja diferença entre eles.<br /> Se viajamos, mesmo para cidades bem próximas, antes de sair o ônibus,os passageiros pegam seus celulares para avisar que chegarão dentro de cinquenta minutos a uma hora e pouco e, antes que o veículo chegue a seu destino os parentes ou amigos já estão ligando para confirmar a hora que devem esperá –los na rodoviária.<br /> Enquanto isto, uns comem ( os mais gordos, certamente ) outros leem ( uns três ou quatro ), outros contam cenas das novelas em voz alta. Que loucura!<br /> O desejo de se comunicar a qualquer preço leva a uma histeria coletiva. Nenhum momento de tranquilidade é permitido. Somente se a viagem começou muito cedo e a maioria dos passageiros está mal dormida é que se pode ter esperança de algum silêncio durante a mesma.<br /> Como é bom relembrar o tempo em que nas casas, havia uma sala de visitas onde as pessoas conversavam serenamente, ouvindo às vezes, um piano discreto, tocado por uma tia solteirona ou por um criança com pendor para a música enquanto as outras eram mandadas brincar no quintal, depois de cumprimentarem carinhosa e educadamente as visitas.<br /> Hoje em dia, até na igreja, o silêncio para uma reflexão é prejudicado pelas crianças menores que correm para cima e para baixo, sem que nem o padre consiga fazê-las sossegar, nem os pais, que mal as olham, como se não fizessem parte da família.<br /> Haja psicólogos ou psiquiatras para conter tanta necessidade de comunicação oral entre nós, seres humanos.<br /><br />Therezinha de Jesus de A.Cunha Redação Criativa - Prof. Ana AraujoTherezinha de Jesushttp://www.blogger.com/profile/07889076723085086750noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-344690867983348658.post-24664563018312152802009-03-30T13:48:00.000-07:002009-03-30T13:56:17.312-07:00A Vida Como Ela éOFICINA DE REDAÇÃO CRIATIVA<br /><br />PROF.: ANA ARAÚJO<br /> <br />O Dr. Rogério Marinho é um médico muito conceituado no Posto do SUS em que trabalha, num bairro proletário. Ele é pontual e atencioso com a clientela, mas toda vez que se defronta com seus problemas, sofre por não poder resolvê-los e são tantos os que aparecem no seu cotidiano!<br />Dentre eles, um paciente, o ODORICO, cujo nome já contém as duas palavras: dor e rico. A primeira, seu sofrimento e a segunda um contraste da sua pessoa: além de sofrido, pobre. Ele o procurava quase diariamente, queixando-se dos seus males e das dificuldades para conseguir os medicamentos receitados.<br />Naquele último dia, Odorico parecia estar acanhado e disse:<br />Dr. Rogério, me desculpe de sempre trazer-lhe meus problemas, mas prometo que esta será a última vez que o incomodo. Desta vez o aconselhei a ir a um hospital bem aparelhado, encaminhando-o mesmo a um colega especialista em sua doença, pois a medicina moderna, com tecnologia avançada é que completa o diagnóstico que, em certos casos, é ainda uma permanente questão para o médico.<br />Até que não se contendo, desabafou com a sua auxiliar:<br />- Veja só este paciente que acabei de atender: o Odorico!<br />Ele me atormentou tantas vezes, me pede desculpas e diz ser a última vez!<br />“Mas não foi a ultima vez. Todos os dias ele surgia, repentinamente, súplice e ameaçador, caminhando ao meu lado, arruinando a minha saúde, dizendo: é a última vez doutor! mas nunca era. Minha pressão subiu ainda mais, meu coração explodia só de pensar nele. Eu não queria mais ver aquele sujeito, que culpa eu tinha de ele ser pobre.”<br />Ao lhe entregar as amostras grátis, que sabia serem insuficientes para seu tratamento e, que Odorico deveria comprar as outras doses necessárias à sua cura, veio-me à memória o menino pobre que se formou em medicina, graças a sua família pertencente à chamada “pobreza envergonhada” da época. Seu pai trabalhava na farmácia da cidadezinha e recebia um salário que mal dava para sustentar a todos. Sua mulher com empadinhas saborosas e os três filhos que as vendiam nas redondezas, é que supriam o que faltava para eles.<br />Meu pai, continuou o Dr. Rogério,grande conhecedor das ervas medicinais existentes na região, preparava xaropes e mezinhas para os pobres coitados que iam à farmácia, sem dinheiro, para comprar o remédio receitado pelo doutor do posto médico, a fim de minorar-lhes o sofrimento e lhes dar um novo alento.<br />_ Porque nós, médicos deste posto, não mudamos nossa atuação sobre os Odoricos que nos procuram, e são tantos! Poderíamos tentar um atendimento melhor, num trabalho de equipe, em que cada doente fosse visto por todos, para desta maneira,encontrar o melhor tratamento para cada um,pensou o Dr.Rogério.<br /><br />Texto escrito a quatro mãos po: Leonor Garcia Cunha e Therezinha de Jesus de A. Cunha .Nele foi inserido um parágrafo entre aspas, sugerido pela professora Ana e que deveria fazer parte do texto.<br /><br />Teresópolis,24 de março de 2009Therezinha de Jesushttp://www.blogger.com/profile/07889076723085086750noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-344690867983348658.post-8540798616647632272008-11-17T11:43:00.000-08:002008-11-17T11:45:05.873-08:00O Melhor Lugar Para Morar<div align="justify">O melhor lugar para morar<br /><br />Na minha infância e juventude, durante os anos 30 a50, os casarões da zona Norte do Rio de Janeiro atraíam as famílias grandes para os bairros de Vila Isabel, Maracanã e Tijuca, onde as casas possuíam peças confortáveis e ainda jardim e pomar para as inúmeras crianças das famílias brincarem, sem perigo, dentro das próprias residências.<br />Nos jardins os pequenos gostavam de descobrir as singelas violetas escondidas sob as folhas finas dos buquês e catar pés de hortelã para mastigar as folhas: as preferidas eram as menores pelo seu sabor meio ardido, que deixava a boca fresca e perfumada. No pomar, subir nas mangueiras altas e copadas era uma brincadeira muito apreciada pelos mais levados , que sofriam acidentes, uns leves , outros mais graves.<br />Com o aumento da população, apartamentos começaram a ser construídos substituindo os casarões. As famílias diminuídas pela guerra e com mais dificuldades para viver passaram a ocupar essas habitações menores.<br />A atração exercida pelas praias, nas quais as enormes extensões de areia produziam a alegria de viver ao ar livre em plena liberdade, provocou a migração das famílias para a beira-mar aconselhada pelos pediatras, como o melhor lugar para curar algumas doenças infantis tais como a infecção na garganta, a bronquite e a asma que muita preocupação causavam aos pais.<br />Esta mudança me fez criar o hábito de levar meus filhos à praia, diariamente, mesmo com o tempo diminuído pelo trabalho em casa e na escola.<br />Fazer longas caminhadas com a água batendo nos pés, era um prazer que poucos podiam gozar na época. Sentar nos bancos de pedra na calçada, e apreciar o horizonte onde o céu e o mar se encontravam e pareciam cair logo após sua curva,era o melhor espetáculo do entardecer.<br />Finalmente, a descoberta da montanha, após um percurso de duas ou mais horas de carro em estrada de terra e areia, no começo, fez-nos acreditar numa vida sem violência, num lugar onde poderíamos viver sem sustos numa casa em centro de terreno ou num apartamento com terraço, onde cultivar um jardim,era o prazer maior.<br />Todas estas mudanças me levaram a concluir que a melhor morada para mim é o meu próprio corpo, lugar em que deposito o amor , a dignidade, a autonomia, a saúde e a alegria de viver que gosto de compartilhar com o meu próximo, que como eu se sente templo do nosso Deus.<br />É neste corpo que quero morar apreciando a beleza da criação divina à minha volta , junto com meus entes queridos</div>Therezinha de Jesushttp://www.blogger.com/profile/07889076723085086750noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-344690867983348658.post-71692525710078317292008-07-21T07:39:00.000-07:002008-08-05T16:01:37.407-07:00Solidariedade<div align="justify">Solidariedade, fraternidade, generosidade, amizade, amor são os vários aspectos do único objetivo que o homem terá de alcançar em favor da humanidade. Tal objetivo dependerá da maneira como o homem se vê no mundo em que está inserido.<br />Solidariedade, em alguns casos, como o da China, onde morreram quarenta mil pessoas no momento em que o terremoto se abateu sobre cidades , destuindo-as inteiramente, onde a água e o alimento desapareceram exigindo uma solidariedade imediata, sem perda de um segundo na remessa de víveres,água, medicamento e gente para ajudar a salvar vidas e reconstruir cidades , aldeias, casas a fim de se retomar a vida sem perda de tempo.<br />No entanto, de um modo geral fora dos cataclismas que assolam o planeta, levando-nos ao horror da destruição total, verificamos quanto é individualista e efêmera a solidariedade não nos permitindo acreditar na fraternidade proposta por Luther King ou Madre Teresa de Calcutá como a única saída para o nosso planeta.<br />È preciso que todos acreditem que somente o homem num esforço conjunto será capaz de salvar a humanidade, prosseguindo,desde ja,´com amor o que alguns deram início. Aqueles que precisam e desejam ser beneficiários, sem perder a dignidade adquirida ao abraçar o trabalho proposto em atividades como a reciclagem do lixo em que muitos trabalharam e puderam dizer: enfeitei para o Natal a minha cidade, recolhendo e selecionando garrafas Pet e fiquei orglhoso com o brilho dos enfeites colocados em árvores e postes de luz ...</div><div align="justify">Esta solidariedade praticada por muitos em benefício de toda a humanidade, é a minha esperança de ver a Amazônia , indiscutívelmente brasileira, transformada em celeiro do mundo, oferecendo seus benefícios a todos sem distinção de raça,cultura ou religião.</div><div align="justify"></div>Therezinha de Jesushttp://www.blogger.com/profile/07889076723085086750noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-344690867983348658.post-50169160065469859352008-07-09T07:46:00.000-07:002008-07-09T07:49:27.689-07:00A NOVA MULHERA NOVA MULHER<br /><br />Tenho quarenta anos. Casei-me aos vinte e cinco e tenho dois filhos com dez e doze anos. Sou uma mulher muito querida. Meu marido sai cedo para trabalhar, deixa os meninos na escola, enquanto permaneço em casa, para usar o computador, preparando as minhas atividades profissionais. Lembrando-me dos meus tempos de menina, constato como era diferente a rotina na casa de meus pais. Minha mãe, depois de nos deixar no ônibus escolar, voltava para suas tarefas domésticas enquanto aguardava a empregada. Meu pai retornava na hora do jantar,quando as cobranças de cada lado aconteciam, com pouca ou nenhuma pergunta sobre o que vivêramos no dia que terminava.<br />Hoje em dia o papel masculino mudou bastante. Ao invés do provedor, que trabalha o dia inteiro fora para ganhar o suficiente para o sustento familiar, reparte com sua mulher as várias tarefas da casa como lavar a louça, varrer, botar a roupa na máquina, ajudar os meninos na hora do estudo e das brincadeiras, sem nenhum constrangimento de sua parte. Na hora do jantar, conversamos sobre o que aconteceu no dia que acabamos de viver.<br />O que provocou tal mudança?<br />O desaparecimento da mulher submissa, obediente, substituída por uma outra, independente, atuante e que expõe seu pensamento sobre o que acontece em sua casa e no mundo, é a mola propulsora dessa mudança.<br />Na nova maneira de viver em família, em que todos se dão as mãos, esquecendo as diferenças que possam separar, sobretudo no que diz respeito ao papel do pai prepotente, dono de uma verdade única e que deve ser obedecida sem restrições, favorecem a harmonia da convivência diária., dentro de casa.<br /><br />Therezinha de Jesus CunhaTherezinha de Jesushttp://www.blogger.com/profile/07889076723085086750noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-344690867983348658.post-21086870833786387042008-02-25T13:00:00.000-08:002008-02-25T13:01:23.713-08:00O Poder do Sonho<div align="justify">O PODER DO SONHO<br /><br /> Este ano, no carnaval que passou, lancei um olhar novo à festa que acontece todo início de ano na cidade do Rio de Janeiro, abençoada pelo Cristo Redentor.<br /><br /> A empolgação e o delírio que tomam conta das pessoas, cantando, dançando, exibindo-se no meio da multidão de espectadores que repetem o que vêem, me pareceu mais que um simples extravazar de sentimentos vistos como exacerbação da carne, mas<br />um sonho perseguido o ano todo por um trabalho sério realizado por mãos e cabeças que criam e se mantêm unidas em busca de um resultado prazeiroso para todos. <br /> Estando numa cidadezinha serrana, observei a tenacidade com que as pequenas comunidades mostravam o fruto de um trabalho de muitos meses para a vitória de um desfile de três dias, coroado ou não por um prêmio. O esforço físico exigido dos homens que empurravam os carros alegóricos , que dançavam desajeitadamente no asfalto, era inacreditável.<br /><br />Olhando da minha janela, constatei que a primeira escola , a desfilar já estava na concentração horas antes do início da festa, a repassar o samba e terminar os últimos retoques, enquanto a segunda repassava o seu samba , que dizia:<br />“ Eu canto, eu canto<br />E vivo a sorrir<br />Sou brasileiro, vem comigo<br />Falar do meu Brasil.<br />... ele se transformou nesta terra varonil.”<br />O que me trouxe à memória: “ Por que me ufano do meu país” dos anos da ditadura Vargas. <br />Subitamente, um temporal acompanhado de trovões, relâmpagos e raios , que se confundiam com os fogos soltos em momentos do desfile de cada escola, atingiram uma caixa de força que estourou, deixando a cidade às escuras, mas ninguém parava de cantar e dançar.<br /><br />Como explicar essa espécie de transe em que os carnavalescos caiam, senão à força do sonho de uma liberdade que os protegia de um governo que os ignorava e nada tinha a ver com eles.</div>Therezinha de Jesushttp://www.blogger.com/profile/07889076723085086750noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-344690867983348658.post-58998063253991849132008-02-20T06:30:00.000-08:002008-02-20T06:42:17.918-08:00A RAÇA BRANCA...<div align="left"><br /><strong> A RAÇA BRANCA É SUPERIOR Á NEGRA</strong><br /><br />São dicotomias do terror:<br /><br />a) PODER X SUBMISSÃO<br />b) DOMINADOR X DOMINADO<br />c) SUPERIOR X INFERIOR<br /><br />Na relação entre seres humanos, observa-se a diferença do olhar de um para o outro. Embora criado à imagem e semelhança de Deus, o homem não é Deus.<br />Como imaginar que uma raça possa ser superior à outra, se acreditamos que somos iguais, embora cada um seja único.<br />O homem em seu orgulho é incapaz de perceber que entre seres da mesma espécie, as diferenças estabelecem níveis entre si mesmo e o seu semelhante. A diferença advém do modo como se percebem a si mesmos e da sua relação com o mundo em que vivem. Por que então o desejo de se consagrar superior ao seu próximo, apenas porque possui coisas que o outro ainda não obteve, não porque fosse incapaz mas por não ter tido as mesmas oportunidades ou por não dar o mesmo valor às coisas que o outro acha importantes e indispensáveis ao seu modo de viver.<br />Diante dos cataclismas da natureza como erupções vulcânicas, terremotos, maremotos, é que o homem se sente um ser indefeso, o menor pela sua fragilidade. Muitas vezes, ele é levado a guerras de extermínio em nome de uma superioridade inexistente, mas ignorada por ele. Se refletirmos sobre a Segunda Grande Guerra constataremos , com horror, que a crença de um grupo,que se acreditava pertencente a uma raça pura,ariana, poderia dominar o resto da humanidade, considerada inferior e portanto condenada ao extermínio.<br />Ah! Se os homens soubessem que, sendo o templo de Deus, jamais poderiam acreditar numa superioridade e numa dominação, que nada tem a ver com o amor que deve unir os diferentes ao descobrir a igualdade que os torna irmãos.<br /></div>Therezinha de Jesushttp://www.blogger.com/profile/07889076723085086750noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-344690867983348658.post-75479564090871458662007-10-05T16:04:00.000-07:002007-10-05T17:14:46.673-07:00Verdade e FéVerdade e Fé<br />Verdade é o que a inteligência ou a razão pode e deve dar o seu SIM.Ela está em conformidade com o objeto do pensamento.é o conhecimento do real, ao qual se atribui o maior valor.Ela se opõe ao erro, à ilusão.Enfim,na verdade,a realidade e a idéia não se opõem,ela fornece mesmo os cacteres essenciais do objeto real,que lhe permitem conhecê-lo.<br />A expressão do conhecimento conforme à realidade,é a verdade.Tal expressão conhecida ou a vir a ser opõe-se a erro,à ignorância ou à invenção ou mentira.A verdade exige lucidez ou sinceridade de quem a possui.Podemos considerar convicção,crença,evidência,certeza como sinônimos de verdade.<br />Procurar possuir a verdade é uma busca incessante do ser humano."A cada um, sua verdade." <br /> A ci~encia é uma espécie de verdade:imperfeita e provisória muda constantemente na medida em que se aumenta o conhecimento sobre ela.<br />A alegoria da verdade é uma mulher nua tendo um espelho na mão, saindo de um poço,representando a expressão sincera, sem reservas ou acrescimos, daquilo que se conhece e do qual se foi testemunha.<br />A verdade nem sempre é agradável de ser dita.Ela é quase sempre útil a quem se diz, mas incnveniente para os que a dizem,porque, quase sempre faz germinar sentimentos ruins naqueles que não a querem ouvir.<br />Só as crianças, os seres simples dizem a verdade.Aquilo que sai espontaneamente da sua boca esclarece o que os adultos escondem.<br />Para a verdade tida como ausência de contradição,Pascal dizia:" contradição não é marca do falso,nem a ausência de contradição é marca da verdade."<br />As verdades absolutas supõem um ser absoluto como as mesmas e nesse caso somente Deus<br />pode ser considerado verdade absoluta pois "Ele é" ao declarar "Eu sou o caminho,a verdade e a vida."Cristo na sua evangelização começava as parábolas com a expressão:" Na verdade,na verdade,eu vos digo..."<br />A fé e a verdade se confundem.<br />Acreditar ,por uma adesão profunda do coração,que traz em si a verdade, é a fé.<br />Na fé, Deus é sensível ao coração,não à razão.<br />Ver com os olhos da fé é crer fervorosamente,sem nenhuma necessidade de provar a verdade.<br />"Somente a fé salva" dizem os adeptos do protestantismo.Para eles,a fé prescinde das obras para a salvação dos fiéis.Therezinha de Jesushttp://www.blogger.com/profile/07889076723085086750noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-344690867983348658.post-51647842425505691042007-09-06T14:08:00.000-07:002007-09-06T14:14:17.814-07:00Cidade MutanteCidade Mutante<br /><br />Vive-se numa cidade <br />E não a conhecemos<br />Ignoramos as mudanças<br />Que o passar do tempo traz.<br /><br /> Vivemos momentos felizes<br /> Na companhia de amigos<br /> Sem admirar o espetáculo em volta:<br /> Árvores frondosas exibindo cachos<br /> De mil cores, pendentes sobre nós.<br /><br />Tanta pena! Um ligeiro adormecer<br />E o quadro final se dissipa sem um aceno<br />Toalhas de todas as cores desaparecem<br />Do chão, ainda quente, no parque aconchegante.<br /><br /> Crianças esquecem os folguedos.<br /> Voltam tristes às salas de aula,<br /> Pulando poças d água, abrigadas<br /> Em grossas roupas de lã<br /> Narizes vermelhos como as flores congeladas<br /> Dos bougainvilles ainda coloridos.<br /><br />A cidade se prepara para a hibernação<br />Do mesmo modo que os animais<br />E é preciso amá-la em sua nova fase.Therezinha de Jesushttp://www.blogger.com/profile/07889076723085086750noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-344690867983348658.post-28710756194192474682007-08-30T07:02:00.002-07:002007-08-31T06:16:31.758-07:00Uma tarde FelizNo dia 19 do mês de agosto de 2007, quarenta amigas e eu descemos a serra, para reviver os anos dourados da nossa estória,começados realmente, no final dos anos quarenta logo após o término da segunda grande guerra.<br />De 1939 até maio de 1945, nós brasileiros, embora longe dos campos de batalha, sofremos também muitas privações.<br /> Renovada a esperança de dias melhores, os jovens da minha idade entregavam-se à alegria de viver, dançando em bailes vespertinos que se estendiam somente às 21.00h para podermos estar de vòlta à casa às 22.00h determinada pelos pais ciosos em proteger a virgindade das filhas, coisa preciosa naquela ocasião.<br /> Vieram-me então à memória os bailes no clube Botafogo e os organizados pelo Instituto de Educação, onde estudávamos com seriedade, reservando-nos os finais de semana para dançar, namorar e tentar encontrar o futuro marido.<br /> Era uma alegria espontânea sem necessidade do uso de bebidas alcoólicas ou drogas, relaxando o espírito para retornarmos com todo o entusiasmo às salas do Instituto de Educação.<br /> As conversas sobre o baile duravam a semana inteira nos intervalos das aulas.<br /> Depois dos cinqüenta anos em cinco, sonho do presidente Juscelino, mergulhamos nas trevas dos anos sessenta, setenta e oitenta, plenos de perdas e dor, que nos tornaram tristes e sem esperança, levando os menos fortes ao consumo de bebidas, drogas e toda sorte de excessos, começando uma nova era em que não se repetia a alegria dos anos cinqüenta.<br /> É incrível como toda essa época foi revista através de um espetáculo teatral sem diálogos e apenas um cenário: um salão de baile e que se constituiu para nós numa tarde feliz.<br /> Ao constatar minha participação nesse fragmento da nossa história, posso dizer que afinal, ao tentar formar cabeças pensantes que refletiam sobre os acontecimentos vividos a fim de melhorar o país em que nasceram, contribuí um pouco para o crescimento do povo brasileiro.Therezinha de Jesushttp://www.blogger.com/profile/07889076723085086750noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-344690867983348658.post-19438086426411907082007-08-20T08:04:00.000-07:002007-08-20T08:29:18.981-07:00Meu jardim<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjceiypAv4gQGnyL13QBTinc3_uf-H1patB9GszHMjvbCf-z9xsZ6fcT94Owv0CsCko5vAt1rx06jf64draRIUI7THhTlOatuoeaaatuHKis-0eCo635GTlE7O7811WD018aGELkjq-pJno/s1600-h/05-06-07+010.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjceiypAv4gQGnyL13QBTinc3_uf-H1patB9GszHMjvbCf-z9xsZ6fcT94Owv0CsCko5vAt1rx06jf64draRIUI7THhTlOatuoeaaatuHKis-0eCo635GTlE7O7811WD018aGELkjq-pJno/s320/05-06-07+010.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5100800702582226722" /></a><br /><br />Como ter um jardim no centro de uma cidade , aproveitando o terraço ensolarado.Therezinha de Jesushttp://www.blogger.com/profile/07889076723085086750noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-344690867983348658.post-51328568481692095392007-08-14T12:36:00.000-07:002007-08-15T06:25:16.733-07:00Maternidade<strong>M - </strong>Mãe inigualável de<br /><br /><strong>A -</strong> Amor infindo, cobriu-nos<br /><br /><strong>T -</strong> Tanto durou sua vida.<br /><br /><strong>E - </strong>Entrega total !<br /><br /><strong>R - </strong>Renuncia ao melhor de si<br /><br /><strong>N - </strong>Nunca nos abandonando.<br /><br /><strong>I - </strong>Introjetando suas angústias<br /><br /><strong>D - </strong>Doou-nos a sua paz<br /><br /><strong>A - </strong>Até o final de sua curta vida.<br /><br /><strong>D - </strong>Deu-nos a maior das lições:<br /><br /><strong>E - </strong>Enfrentar as dificuldades, confiando sempre em Deus.Therezinha de Jesushttp://www.blogger.com/profile/07889076723085086750noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-344690867983348658.post-31097165062715266852007-08-06T07:36:00.000-07:002007-08-13T07:35:25.945-07:00Fases e Faces do Amor<div align="justify">O homem é o único ser vivo precedido pelo amor. Antes mesmo de vir ao mundo, já a futura mãe enche-se de amor ao sentir o primeiro sinal de que o seu corpo se transforma no receptácuo para receber, aconchegar, sentir crescer em seu ventre durante nove meses, aquele que um dia, ela dará à luz.<br />O primeiro grito , diante do impulso, que o liberta para a vida, é motivo de muita emoção e sofrimento.<br />A partir daí, é só crescimento e as faces do amor acompanhando as da vida.<br />Na primeira fase, antes mesmo de vir à luz, começam as exigências do pequenino ser em relação à mãe.<br />A entrada na escola, em contacto com pessoas desconhecidas, crianças como a :própria, amigáveis umas, assustadas outras : primeiro renascer, exigindo um grande esforço para ser aceito ou aceitar o novo espaço e as novas amizades.<br />Chega a adolescência com todas as dificuldades em relação a si mesmo e ao outro, surgindo a figura do "aborrescente" conhecido de todos, que esqueceram que o crescimento é dificil.</div>Na idade adulta,espera-se que findo o crescimento físico, ele seja acompanhado do equilíbrio emocional, mas como o homem espiritual é um ser em construção à procura de novas conquistas, isto só acontecerá no derradeiro momento, em qe ele imerge em sua essência.Therezinha de Jesushttp://www.blogger.com/profile/07889076723085086750noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-344690867983348658.post-47648866826034653732007-07-30T07:53:00.000-07:002007-07-30T08:03:58.274-07:00Motivo da escolha<div align="justify"> Pretendo usar este blog, para aumentar o número de amigos feitos com o renascer aos setenta anos , divulgar as novas descobertas a partir desse momento, baseadas no sentimento de amor pela vida, dom de Deus e uma curiosidade permanente pelo mundo. Convido a todos que me encontrarem a juntarem-se a mim para usufruir do muito do que somos ainda capazes.</div>Therezinha de Jesushttp://www.blogger.com/profile/07889076723085086750noreply@blogger.com2