quarta-feira, 14 de março de 2012

Um momento de expectativa

Depois de vinte e cinco anos afastadas pelos diferentes locais em que exerciam a profissão escolhida, talvez por seus pais e avós, como uma das poucas existentes para a mulher mas que as cobriam de dignidade, marcaram uma festa para comemorar o quarto de século que se havia passado.

Somente umas poucas das trezentas e tantas que usavam o uniforme azul e branco, decidiram seguir caminho diferente daquela primeira escolha.

Desse pequeno grupo, três permaneciam na memória coletiva das colegas, e traziam para cada uma, uma expectativa sobre o que lhes sucedera.

Das três, a primeira, uma aluna brilhante em matemática, escolhera a engenharia como profissão mais atraente, que ela exercia com muito êxito. Para a segunda, a vida religiosa, seria a melhor escolha para cuidar com muito zelo, daqueles sob seus cuidados. E a terceira que se casara antes do final do curso, e que provocara escândalo entre as amigas ao ostentar um barrigão de sete meses de gravidez, coisa tabu na época, e muito condenada por todos.

O suspense pelo aparecimento ou não das três à festa dos vinte e cinco anos de formatura foi quebrado quando foram anunciadas pelas palmas e a alegria de todos os presentes.

Soubemos então que estavam felizes e realizadas no caminho que haviam escolhido por própria conta e risco, embora os tropeços e acertos da vida profissional diferente da maioria, não as impedissem de ter uma vida harmoniosa em família, como qualquer uma de nós, que não transgredira as regras preestabelecidas pelas gerações com mais experiência.


Teresópolis, março de 2012.

Therezinha de Jesus de Araújo Cunha

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Se eu tivesse um tipo de poder...

Em princípio, o poder não me seduz, mas uma vez colocado em minhas mãos através de um concurso público, tentei exercê-lo de modo a beneficiar o maior número de pessoas possível e jamais em meu próprio proveito. A meu ver, uma das molas propulsoras para iniciar uma ação é a indignação, estado em que me encontro desde a catástrofe que se abateu sobre a região serrana do Estado do Rio de Janeiro sem que nenhuma iniciativa tenha sido tomada até agora, para a construção de moradias que substituam as levadas pela enxurrada impedindo que o povo fique ao desabrigo entre os locais provisórios e o Pedrão e outras áreas,em busca de água para beber e dos mantimentos necessários à sua sobrevivência.
Em resposta à essa indignação, gostaria de exercer o poder oferecido ao prefeito através do voto, para lutar por um terreno seguro (e há muitos por este grande país) além de material de construção que, acredito firmemente, seriam usados pelos teresopolitanos, que perderam família, amigos, animais de estimação e tudo o que conquistaram com o suor de seu rosto, para reaver o teto perdido mesmo que a prefeitura lhes negasse a mão de obra para a reconstrução, a qual saibamos todos desta cidade que está nas ruas a tapar buracos, que no dia seguinte , uma tímida chuva é capaz de abri-los novamente para engolir a esperança de uma ajuda que nunca chega.
Indignemo-nos com a inércia do prefeito e que ele consiga ser generoso ao ceder o seu poder a alguém que queira seriamente ajudar a diminuir a dor de tanta gente à espera de uma solução que está por vir há mais de oitenta dias.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Ausência temporária

Há quase um ano estou longe do meu blog , embora não tenha deixado de produzir minhas pequenas crônicas. O motivo do afastamento foi uma perda irreparável segundo a vontade de Deus Pai, Embora digamos diariamente " seja feita a vossa vontade "como é doloroso aceitar os desígnios de um PAI que nos ama tanto!
Espero que compreendam a minha ausência e me permitam continuar a usar o meu blog. Que ele continue a ser o nosso " point ".
Até a vista
Tete Cunha